Em junho, tiramos 10 dia e férias para conhecer a Escócia de carro.
Foi uma das viagens mais incríveis que fizemos pela beleza do país e hospitalidade do seu povo. Voltaremos com certeza!
Veja abaixo o mapa com o roteiro que fizemos ao longo de 10 dias por todo o país.
A Escócia está dividida entre “low lands” ou terras baixas, e “high lands” ou terras altas como mostra o mapa abaixo.
A capital, Edimburgo, está localizada na parte das terras baixas, e Inverness, ou Isle of Skye, na parte das terras altas.
A capital da escócia tem opções para todos os gostos. Desde para quem prefere fazer turismo gastronônimo, cultural até de aventura. Nós ficamos com a primeira e segunda opções 🙂
Ficamos no Hotel Duthus Lodge Guest House, pertinho do centro, familiar, com café da manhã e estacionamento incluso. Gostamos muito. O hotel em si era puro charme!
Glasgow foi uma surpresa muito positiva nessa viagem! Não esperávamos encontrar uma cidade tão bonita! A cidade mais populosa da Escócia, é a quinta mais visitada do Reino Unido. Ela é famosa pelos seus enormes grafites, feitos por diversos artistas talentosos. Veja nesse site os principais deles e onde encontrar suas obras.
Ficamos no Point A Hotel, uma rede de hotéis que conheci durante nossa última viagem à Londres. Gostei muito do conceito deles e resolvemos nos hospedar lá novamente.
Poucos dias antes da viagem começar fiquei sabendo do Castelo de Kelburn, a 50 minutos de carro de Glasgow. Quando vi uma foto do castelo pensei na hora “preciso colocá-lo no roteiro!”. Mesmo saindo um pouco fora da rota, decidimos passar uma manhã no local. O castelo está localizado em um parque onde é possível fazer caminhadas, pic-nics e aproveitar o contato com a natureza. É necessário pagar uma taxa de 7 libras para entrar no local. Todos os anos, em julho, há uma grande festa no local com shows. #ficaadica
O castelo foi pintado pelos famosos grafiteiros brasileiros “Os Gêmeos” em 2007. Por muitos anos foi alvo de controvérsias, pois cria discussões de como lidar com prédios históricos. Inicialmente, a arte era de caráter provisório, para anteceder o restauro do castelo. A fama do grafite foi tanta, que os donos do castelo entraram com um pedido para mantê-lo com o colorido da arte até hoje.
Seguimos viagem para o nosso destino final em Oban, na costa oeste da Escócia. Fizemos duas paradas no caminho, uma em Luss, uma cidade cenográfica pequena mas muito charmosa, e em Loch Lomond, o maior lago do Reino Unido, com 36km de extensão e 8km de largura (em sua parte mais extensa).
Pernoitamos em Oban, que foi outra surpresa. A destilaria da cidade, é a sétima mais antiga do mundo, de 1794, surgiu antes da cidade receber o mesmo nome! Em Oban, tivemos o por do sol mais bonito de toda a viagem, fizemos amizades com moradores locais interessados pelas filmagens do nosso drone e passeamos pelo porto da cidade. Pena que ficamos pouco tempo. Oban merece 2 dias no seu roteiro.
Em Oban ficamos no Hotel Blair Villa South, familiar, com poucos quartos e café da manhã incluso. O hotel tinha uma vista espetacular da cidade e era possível ir a pé até o centro. Gostamos muito!
De Oban, seguimos para o destino do próximo hotel, em Arisaig. No caminho paramos em Fort William para um café e para nos informar sobre os horários que o trem passa pelo viaduto de Glenfinnan, conhecido através do filme do Harry Potter (alô fãs!).
Atenção! O trem passa apenas 3 vezes por dia no viaduto! Anote aí: entre 10:45-11h, entre às 15-15:30 e entre às 19:45-20h.
Essa informação é primordial para planejar a sua viagem e conseguir ver o trem na hora certa. Planeje chegar pelo menos meia hora antes do horário para você conseguir uma vaga no estacionamento local e caminhar até o melhor ponto. Se você tiver um drone, terá que ligar para o número que tem na placa no centro do turista em Glenfinnan e pedir autorização. A taxa para usar o drone no local é de 10 libras.
A noite chegamos em Arisaig, uma cidade super pequena na beira do mar. Nessa região da costa oeste, não há cidades grandes para se hospedar. A maioria são vilarejos com menos de 1000 habitantes.
Nos hospedamos no Arisaig Hotel, pequeno mas com o conforto necessário para uma noite. Arisaig é uma cidade com 500 habitantes. Não espere muita coisa de lá.
Saimos cedo de Arisaig até Mallaig, onde sai o Ferry para a Ilha de Skye. Atenção! O ferry deve ser reservado com antecedência. Veja na foto abaixo os horários do ferry saindo de Mallaig (4ª coluna). Se o tempo estiver ruim, algumas partidas podem ser canceladas, como foi em nosso caso. No dia em que planejávamos ir para Skye ventou muito e cancelaram quase todos os translados. Resumo da história: fomos até o ferry tentar uma vaga na sorte e fomos o último carro a entrar. O próximo ferry só sairia dali 5 horas depois. (Há a opção de ir a Skye pela ponte, mas demora mais).
Valores: ferry para um carro e 2 pessoas: 15,95 libras.
Reserve seu ticket de Mallaig to Armadale no site oficial do ferry.
Veja abaixo o mapa com as principais atrações da Ilha.
Skye é famosa por sua natureza e montanhas. Há inúmeras trilhas espalhadas pela ilha. Fizemos uma para chegar na formação rochosa de Old Man of Storr, onde pegamos MUITO vento e outra em Quairang, que gostamos muito. Por isso, não esqueça de roupas confortáveis e um sapato para trilha a prova d´água.
Em Skye nos hospedamos no Skywalkers Hostel, eleito o melhor albergue do país. O objetivo era ter ficado em um hotel na cidade de Portree, mais ou menos no centro da ilha e com várias opções de restaurantes e mercados (diferentemente da região do albergue que ficamos), mas na época todos os hotéis de lá estavam lotados. Dica: reserve o seu hotel em Skye o quanto antes!
Saindo da Ilha de Skye, passe pelo castelo Eilean Donan, que é caminho para o Lago Ness. Esse castelo foi o que mais gostamos de toda a viagem. Ele ainda está preservado e é possível entrar em seus cômodos com um audio guia (com opção em português) explicando a história do castelo. Foi muito explicativo e interessante. Vale a visita!
E se tem uma coisa que todo mundo conhece a Escócia é pelo Whisky e pelo monstro do lago Ness. E é claro que não podíamos deixar de ir em busca dele. Fizemos um passeio de barco no lago Ness para ver se encontrávamos o monstro, mas não tivemos sorte (ou azar?). O barco contava até com um sonar que mostrava qualquer movimento ou objeto no fundo do lago. O passeio parava no castelo de Urquhart, que hoje conta apenas com ruínas. O interessante é imaginar a história que aquele local guarda.
Na região do Lago Ness ficamos no Hotel Morlea Bed and Breakfast na cidade de Drumnadrochit. O hotel é familiar e fica perto do museu do monstro do lago Ness. O café da manhã era incluso no valor da diária e havia estacionamento gratuito em frente ao hotel.
Inverness foi outra surpresa durante a viagem. Considerada a capital das Terras Altas, o nome da cidade em gaélico escocês significa “boca do rio Ness”. Em 2018, contava com uma população de quase 70 mil pessoas, possui a melhor qualidade de vida de toda a Escócia.
Lá, conhecemos o castelo da cidade, o Victorian Market, (um pequeno mercado com lojas de souvenir, cafés e restaurantes), tivemos um por do sol incrível e passamos pela imponente prefeitura (foto acima). Reserve pelo menos 2 dias lá em seu roteiro.
Voltamos para o Hotel Duthus Lodge Guest House para a nossa última noite em Edimburgo. Mas é possível dormir em Inverness e voltar de carro direto para o aeroporto de Edimburgo para o voo de retorno.
No último dia compramos as últimas lembranças em Edimburgo e pegamos o voo meio dia de volta para a Alemanha.
Espero que esse post te ajude a organizar seu roteiro por esse belo país, a Escócia! Boa viagem!