Antes de planejar minha viagem à Edimburgo, eu não imaginada o tanto de inspiração que a cidade proporcionou à J.K. Rowling, a autora dos livros de Harry Potter. Em Edimbirgo, ela começou o primeiro livro e terminou o sétimo. Recebeu inspiração para Hogwarts, para o Beco diagonal, para o nome dos personagens… Descubra todos os lugares e veja um mapa com as marcações deles no fim desse post.
Se você é fã do HP, não deixe de fazer esse tour. Você pode escolher e percorrer esses lugares sozinho ou em um tour. Se quiser saber todos os detalhes de cada lugar, aconselho reservar um tour.
Esse café fica bem no centro, difícil de não encontrar. Logo na entrada há uma placa dizendo que foi ali que “nasceu” o Harry Potter fazendo alusão ao fato de ter sido nesse café que a autora começou o primeiro livro da saga do bruxo mais famoso do mundo. Nós fomos perto do meio dia e o movimento estava ok. Não havia filas quilométricas como tinha lido que seria. Dica: chegue cedo ou vá na hora do almoço e em dia de semana.
Nós pedimos um bolo e café. Nada de outro mundo. Foi legal sentar ali e imaginar JK sentada no mesmo lugar começando um livro que mudaria sua vida pra sempre. Mas o que mais chamou a nossa atenção foi o banheiro! Os visitantes podem escrever na parede, no vaso sanitário, no teto, nas portas… E o pessoal escreve várias coisas ligadas com os filmes. Hoje em dia mal tem espaço pra escrever alguma coisa. Dica 2: não deixe de usar o banheiro! 🙂
Pertinho do Elephant House fica o cemitério Greyfriars que inspirou a autora com vários nomes de personagens como William McGonagall, que originou o Professor McGonagall. Há a sepultura de Thomas Riddell no local que originou o vilão Tom Riddle ou Lord Voldemord (da qual está registrada até no google maps). Dica: ao entrar no cemitério caminhe pela esqueda da igreja da entrada e vá até o final. Lá você encontra as duas sepulturas.
Vai ser difícil de acreditar que esse café tem a ver com Harry Potter em sua visita, já que o mesmo não traz fotos da autora, ou faz alusão ao bruxinho em nenhum momento, diferentemente do Elephant House. Foi nesse lugar que a autora passou horas escrevendo os livros da saga. Hoje é um café tranquilo sem turistas em massa. Dica: o café fica no primeiro andar do prédio.
Após a autora de HP ter começado a ficar famosa e a ser reconhecida nos cafés que frequentava, JK Rowling continuou a escrevrer os livros o Hotel Balmoral, bem no centro da cidade, perto do Scott Monument. O último livro da saga, Harry Potter e as Relíquias da Morte foi finalizado no quarto 552, denominado “The J.K. Rownling Suite” . Quem quiser dormir nessa suíte precisa desembolsar 1000 libras esterlinas por noite!
Logo atrás do cemitério de Greyfriars Kirkyard, fica o colégio da elite de Edimburgo, o George Hariot School, em uma construição de 1628. Assim como Hogwards, esse colégio tem 4 torres e 4 “casas”, aqui conhecidas por Greyfriars, Lauriston, Raeburn e Castle ao invés de Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa como nos livros de HP.
Essa rua foi a inspiração de JK para o Beco Diagonal. Ela fica bem no centro da cidade e é parada obrigatória não apenas para fãs de HP mas para os turistas em Edimburgo. Há várias lojas e restaurantes nessa rua e é claro que também há duas lojas para fãs do bruxinho mais famoso do mundo para o caso de você desejar sair dali em uma Nimbus 2000 🙂
Essa loja fica na Victoria Street e é o paraíso para fãs de Harry Potter! Você encontra simplesmente de tudo lá! Não deixe de conferir em sua visita à Edimburgo. Dica: no aeroporto tem uma loja The Boys Wizard também.
Essa catedral fica no centro da cidade, em direção do castelo de Edimburgo ao palácio de Holyroodhouse. Há rumores que dizem que JK Rowling se inspirou nessa igreja para a criação de Hogwarts. Para tirar fotos dentro da catedral, é necessário comprar uma “permissão” na entrada por 2 libras. A entrada é gratuita.
Nesse bar é possível experimentar a famosa cerveja amanteigada que os bruxinhos de HP tanto gostavam. Uma pint custa em torno de 4 libras.
A peça de teatro do Harry Potter em Londres
Um tour pelos estúdios do Harry Potter em Londres
Em junho, tiramos 10 dia e férias para conhecer a Escócia de carro.
Foi uma das viagens mais incríveis que fizemos pela beleza do país e hospitalidade do seu povo. Voltaremos com certeza!
Veja abaixo o mapa com o roteiro que fizemos ao longo de 10 dias por todo o país.
A Escócia está dividida entre “low lands” ou terras baixas, e “high lands” ou terras altas como mostra o mapa abaixo.
A capital, Edimburgo, está localizada na parte das terras baixas, e Inverness, ou Isle of Skye, na parte das terras altas.
A capital da escócia tem opções para todos os gostos. Desde para quem prefere fazer turismo gastronônimo, cultural até de aventura. Nós ficamos com a primeira e segunda opções 🙂
Ficamos no Hotel Duthus Lodge Guest House, pertinho do centro, familiar, com café da manhã e estacionamento incluso. Gostamos muito. O hotel em si era puro charme!
Glasgow foi uma surpresa muito positiva nessa viagem! Não esperávamos encontrar uma cidade tão bonita! A cidade mais populosa da Escócia, é a quinta mais visitada do Reino Unido. Ela é famosa pelos seus enormes grafites, feitos por diversos artistas talentosos. Veja nesse site os principais deles e onde encontrar suas obras.
Ficamos no Point A Hotel, uma rede de hotéis que conheci durante nossa última viagem à Londres. Gostei muito do conceito deles e resolvemos nos hospedar lá novamente.
Poucos dias antes da viagem começar fiquei sabendo do Castelo de Kelburn, a 50 minutos de carro de Glasgow. Quando vi uma foto do castelo pensei na hora “preciso colocá-lo no roteiro!”. Mesmo saindo um pouco fora da rota, decidimos passar uma manhã no local. O castelo está localizado em um parque onde é possível fazer caminhadas, pic-nics e aproveitar o contato com a natureza. É necessário pagar uma taxa de 7 libras para entrar no local. Todos os anos, em julho, há uma grande festa no local com shows. #ficaadica
O castelo foi pintado pelos famosos grafiteiros brasileiros “Os Gêmeos” em 2007. Por muitos anos foi alvo de controvérsias, pois cria discussões de como lidar com prédios históricos. Inicialmente, a arte era de caráter provisório, para anteceder o restauro do castelo. A fama do grafite foi tanta, que os donos do castelo entraram com um pedido para mantê-lo com o colorido da arte até hoje.
Seguimos viagem para o nosso destino final em Oban, na costa oeste da Escócia. Fizemos duas paradas no caminho, uma em Luss, uma cidade cenográfica pequena mas muito charmosa, e em Loch Lomond, o maior lago do Reino Unido, com 36km de extensão e 8km de largura (em sua parte mais extensa).
Pernoitamos em Oban, que foi outra surpresa. A destilaria da cidade, é a sétima mais antiga do mundo, de 1794, surgiu antes da cidade receber o mesmo nome! Em Oban, tivemos o por do sol mais bonito de toda a viagem, fizemos amizades com moradores locais interessados pelas filmagens do nosso drone e passeamos pelo porto da cidade. Pena que ficamos pouco tempo. Oban merece 2 dias no seu roteiro.
Em Oban ficamos no Hotel Blair Villa South, familiar, com poucos quartos e café da manhã incluso. O hotel tinha uma vista espetacular da cidade e era possível ir a pé até o centro. Gostamos muito!
De Oban, seguimos para o destino do próximo hotel, em Arisaig. No caminho paramos em Fort William para um café e para nos informar sobre os horários que o trem passa pelo viaduto de Glenfinnan, conhecido através do filme do Harry Potter (alô fãs!).
Atenção! O trem passa apenas 3 vezes por dia no viaduto! Anote aí: entre 10:45-11h, entre às 15-15:30 e entre às 19:45-20h.
Essa informação é primordial para planejar a sua viagem e conseguir ver o trem na hora certa. Planeje chegar pelo menos meia hora antes do horário para você conseguir uma vaga no estacionamento local e caminhar até o melhor ponto. Se você tiver um drone, terá que ligar para o número que tem na placa no centro do turista em Glenfinnan e pedir autorização. A taxa para usar o drone no local é de 10 libras.
A noite chegamos em Arisaig, uma cidade super pequena na beira do mar. Nessa região da costa oeste, não há cidades grandes para se hospedar. A maioria são vilarejos com menos de 1000 habitantes.
Nos hospedamos no Arisaig Hotel, pequeno mas com o conforto necessário para uma noite. Arisaig é uma cidade com 500 habitantes. Não espere muita coisa de lá.
Saimos cedo de Arisaig até Mallaig, onde sai o Ferry para a Ilha de Skye. Atenção! O ferry deve ser reservado com antecedência. Veja na foto abaixo os horários do ferry saindo de Mallaig (4ª coluna). Se o tempo estiver ruim, algumas partidas podem ser canceladas, como foi em nosso caso. No dia em que planejávamos ir para Skye ventou muito e cancelaram quase todos os translados. Resumo da história: fomos até o ferry tentar uma vaga na sorte e fomos o último carro a entrar. O próximo ferry só sairia dali 5 horas depois. (Há a opção de ir a Skye pela ponte, mas demora mais).
Valores: ferry para um carro e 2 pessoas: 15,95 libras.
Reserve seu ticket de Mallaig to Armadale no site oficial do ferry.
Veja abaixo o mapa com as principais atrações da Ilha.
Skye é famosa por sua natureza e montanhas. Há inúmeras trilhas espalhadas pela ilha. Fizemos uma para chegar na formação rochosa de Old Man of Storr, onde pegamos MUITO vento e outra em Quairang, que gostamos muito. Por isso, não esqueça de roupas confortáveis e um sapato para trilha a prova d´água.
Em Skye nos hospedamos no Skywalkers Hostel, eleito o melhor albergue do país. O objetivo era ter ficado em um hotel na cidade de Portree, mais ou menos no centro da ilha e com várias opções de restaurantes e mercados (diferentemente da região do albergue que ficamos), mas na época todos os hotéis de lá estavam lotados. Dica: reserve o seu hotel em Skye o quanto antes!
Saindo da Ilha de Skye, passe pelo castelo Eilean Donan, que é caminho para o Lago Ness. Esse castelo foi o que mais gostamos de toda a viagem. Ele ainda está preservado e é possível entrar em seus cômodos com um audio guia (com opção em português) explicando a história do castelo. Foi muito explicativo e interessante. Vale a visita!
E se tem uma coisa que todo mundo conhece a Escócia é pelo Whisky e pelo monstro do lago Ness. E é claro que não podíamos deixar de ir em busca dele. Fizemos um passeio de barco no lago Ness para ver se encontrávamos o monstro, mas não tivemos sorte (ou azar?). O barco contava até com um sonar que mostrava qualquer movimento ou objeto no fundo do lago. O passeio parava no castelo de Urquhart, que hoje conta apenas com ruínas. O interessante é imaginar a história que aquele local guarda.
Na região do Lago Ness ficamos no Hotel Morlea Bed and Breakfast na cidade de Drumnadrochit. O hotel é familiar e fica perto do museu do monstro do lago Ness. O café da manhã era incluso no valor da diária e havia estacionamento gratuito em frente ao hotel.
Inverness foi outra surpresa durante a viagem. Considerada a capital das Terras Altas, o nome da cidade em gaélico escocês significa “boca do rio Ness”. Em 2018, contava com uma população de quase 70 mil pessoas, possui a melhor qualidade de vida de toda a Escócia.
Lá, conhecemos o castelo da cidade, o Victorian Market, (um pequeno mercado com lojas de souvenir, cafés e restaurantes), tivemos um por do sol incrível e passamos pela imponente prefeitura (foto acima). Reserve pelo menos 2 dias lá em seu roteiro.
Voltamos para o Hotel Duthus Lodge Guest House para a nossa última noite em Edimburgo. Mas é possível dormir em Inverness e voltar de carro direto para o aeroporto de Edimburgo para o voo de retorno.
No último dia compramos as últimas lembranças em Edimburgo e pegamos o voo meio dia de volta para a Alemanha.
Espero que esse post te ajude a organizar seu roteiro por esse belo país, a Escócia! Boa viagem!